Nos últimos 5 anos, o custo mensal dos produtos que compõem a refeição básica para um adulto que reside na Região Metropolitana da Grande Vitória ficou até 80,44% mais caro.
Na média, nos últimos 60 meses, o custo de alguns itens da refeição básica para um adulto capixaba subiu quase 200%. É o caso do feijão preto tipo 1 que teve majoração de 191,1% entre agosto de 2016 comparado a agosto de 2011.
O estudo foi realizado pela Empresa Júnior do curso de administração da Faculdade Doctum de Vitória (EJFV), tendo como base de dados a pesquisa da cesta básica da classe média capixaba realizada em 30 supermercados e que é divulgada mensalmente por aquela associação de alunos.
É interessante observar que o reajuste dos salários dos empregados pertencentes a classe média tiveram a reajuste médio com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que ficou em 41,94% no mesmo período analisado, ou seja, o custo dos itens da refeição básica para um adulto capixaba mais quase que dobrou em relação à inflação oficial do país, ou seja, se a refeição for com bife de alcatra de boi, o aumento ficaria em 71,3%, caso seja a base de bife de peito de frango, a elevação seria maior, isto é, em torno de 80,4%.
Produtos indispensáveis no prato do brasileiro como o arroz e o feijão, tiveram expressivos aumentos nos preços, 100,3% e 191%, respectivamente. Os outros itens que subiram mais que a inflação nos últimos 5 anos foram a alcatra de boi (61,1%), o peito de frango (60,3%), o tomate comum (64,2%) e a cebola branca (48,4%). O único produto que teve majoração abaixo da inflação no período foi o óleo de soja (19,1%).
Na refeição básica na opção “carne de frango”, embora com registro de alta elevada, em termos absolutos, é a opção mais vantajosa para o consumidor capixaba, ou seja, o custo mensal estimado para a refeição ficaria em torno de R$ 147,90, representando uma economia mensal de R$ 122,16 em relação aos R$ 270,66 gastos mensalmente na refeição com base na carne de boi. Neste caso, a economia seria de 45,4% e anualmente o consumidor deixaria de desembolsar R$ 1.473,12.